Queria poder dizer
que estou numa idade onde aprendi a vida. Mas não cheguei ainda a esse ponto.
Aprendi algumas coisas sim, outras trazem uma luta enorme entre eu e meu e não
sei quantas quedas e quantos levantares serão necessários para que eu aprenda.
Mas não desisto.
Parece que estou na
idade da razão, mas percebo que não existe idade para isso. Nem sempre tenho
razão, nem sempre sei o que fazer, sou e serei até o último minuto uma aprendiz
da vida.
Dizem que perdoar é
esquecer e eu não sei ainda onde encontrar essa borracha que apaga vivências
doloridas ou curativos que cubram feridas que nunca se fecham. No meu ver,
perdoar é compreender, aceitar e seguir adiante, é poder olhar nos olhos da
outra pessoa novamente e, se preciso, dar a mão sem o sentimento de sacrifício.
Raras são as pessoas que alcançam o dom do perdão, mas não é
impossível.
Quando pensamos que
sabemos tudo porque vivemos um certo número de anos, temos que admitir que
vivemos em outras épocas, com outros valores e que nossas certezas de antes nem
sempre cabem nos dias de hoje. Nossos filhos nos lembram disso a cada instante.
São eles nossos maiores mestres, ao contrário do que se pensa.
Em tudo o que
fazemos e dizemos, nosso exemplo vale mais do que todas as palavras. As crianças
ouvem muito mais o que parecemos que o que dizemos. É assim também com os que
precisam do nosso apoio.
Cada um de nós
absorve de maneira diferente acontecimentos comuns a todos e somos
incomparáveis. Por que eu vivi algo de um jeito não obriga ninguém a viver da
mesma forma. Aprender a respeitar a dor alheia é respeitar a individualidade do
ser humano.
O medo do sofrimento
do amor nos afasta das pessoas que mais nos amam.
Muito do que
chamamos de imprevisto e coincidência é a Mão de Deus interferindo nas nossas
vidas. Devemos pensar então duas vezes antes de reagir mal a algo que contraria
nossos planos.
O passar do tempo
nos traz a experiência, mas a sabedoria vem de maneira diferente. Ela chega com
a vivência, entendimento, compreensão e aceitação das adversidades.
Meu maior medo é o
de acreditar sobre o que dizem a meu respeito, isso me destruiria. Devo sempre
saber quem sou e nunca me esquecer dAquele que me criou.
Aprender a vida é
reconhecer-se aluno eterno, com as somas, diminuições e ciências do dia-a-dia. É
chegar ao fim do dia e fazer planos para o dia seguinte e se preciso for,
recalcular, rever, repensar e recomeçar.
Letícia
Thompson
Caminhos de Paz
Regina
SENTIR, SER E CRER
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sábado, 28 de julho de 2012
APRENDIZ DA VIDA
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