Nem todos os caminhos podem ser evitados, apesar de
todos os nossos esforços para seguir outra ou outras direções.
Podemos decidir estar aqui ou ali, fazer isso ou aquilo
e sonhar milhões de sonhos que temos certeza de que, pelo menos um deles será
realizado segundo nossos planos e as ações que tentamos colocar em obra para a
realização deles. Mas entre nós e Deus há a distância dos céus e do conhecimento
de todas as coisas.
Meu coração, tão humano, frágil e sujeito à provações e
dores conhece apenas meus desejos e o que vai além disso é do domínio do meu
Criador. Aceitar sem questionar, sem querer saber do amanhã ou do depois ou dos
porquês que, à bem da verdade, nem sempre nos reconfortarão, é depositar em Deus
uma confiança absoluta e cega. Não nos preparamos o suficiente para isso nesse
longo caminho da existência. Portanto, deveríamos.
Deus nos planta em algum lugar, nos cerca de amigos,
nos dá os dias e noites necessários a esse tempo e todas as vivências que, por
onde quer que andemos depois, estarão impregnados eternamente em nós.
Quando devemos mudar de planos, caminhos, direções,
nossa estabilidade sofre porque a segurança vem da constância. A gente não
percebe que a terra gira, que ela está em movimento e que todas as coisas sempre
estão em movimento, desde as crianças que nascem aos mais vividos que voltam às
suas origens.
São as mudanças que nos enriquecem, que nos mostram
novas paisagens, trazem novos planos e nos fazem encontrar novas pessoas e novas
coisas.
Ter muitos porquês nos impede de viver. Crer em Deus e
nos Seus planos nos traz a serenidade que só a fé pode trazer e nos conduz à
fonte do prazer de viver, da qual beberemos e da qual seremos
saciados.
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