Muitas vezes, cansas-te das atividades que a vida te pede; no entanto, é forçoso pensar nos benefícios e vantagens que o trabalho te propicia.
Efetivamente, são muitas as dificuldades morais que as tarefas do cotidiano amontoam no coração. Basta, no entanto, reflitas no socorro e no auxílio que elas te trazem para que lhes reconheças a oportunidade e a grandeza.
Em muitas circunstâncias, o trabalho te impõe fadiga e desgaste, mas, através dele próprio, é que surpreendes os recursos indispensáveis ao próprio refazimento, a fim de que te promovas a encargos de nível mais alto.
Em muitos lances da estrada, provocará problemas difíceis de resolver, contudo, pela solução desses mesmos problemas, é que adquirirás experiência suscetível de libertar-te da ignorância.
Por vezes, suscitará o aparecimento de adversários gratuitos; todavia, é justamente nele que conquistas as preciosas afeições que te prestigiem e amparam a existência.
Em vários episódios do cotidiano, te traz ao caminho a presença daqueles que te causam prejuízos transitórios por não te conseguirem auxiliar ou compreender, mas exatamente com ele é que possuis o apoio necessário, em favor daqueles a quem mais amas.
Detém-te a observar as trilhas da existência e perceberás que foi no trabalho que obtiveste o aprendizado que te ilumina, o conhecimento que te enriquece, o auxílio que te resguarda, o apreço que te cerca, o amigo que te abençoa e as melhores motivações para a aquisição de segurança e competência.
Trabalha e confia sempre, oferecendo à vida o melhor de ti mesmo e o melhor da vida te virá ao encontro.
Compreendemos a pausa de repouso para o refazimento preciso, a fim de prosseguirmos trabalhando; entretanto, é imperioso reconhecer que a inércia em si é ferrugem no arado e golpe na produção.
Não recuses e nem percas o privilégio de trabalhar, servindo ao bem, porque, ainda mesmo nas circunstâncias mais constrangedoras, o trabalho se te converterá numa bênção e, ainda que te custe lágrimas, essas mesmas lágrimas, se perseverares nele, se te transformarão no caminho em alavancas de apoio e balizas de luz.
Do livro: Mais Perto. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
ANTE A MORTE VIOLENTA
EmmanuelEm verdade, no mundo, o túmulo imposto à pressa é daquelas provas terrenas que mais dilaceram o coração.
Diante das vidas nobres que se interrompem, de improviso, dolorosas indagações são endereçadas ao Céu.
Não raro, à frente da morte súbita, outras existências promissoras começam a fenecer. São almas que ficam na retaguarda, carregando consigo o esquife dos sonhos mortos ou algemados ao rochedo da angústia, sem coragem de romper os grilhões que as encarceram no sofrimento.
Muitas vezes desvairadas, recusam a oração ou renegam a fé.
Asseveram-se sozinhas no temporal das próprias lágrimas e, por vezes, descem, desavisadas, nos mais graves desequilíbrios do pensamento.
Entretanto, é preciso que o entendimento que nos caracteriza no mundo se submeta aos juízos soberanos e sábios da morte, para que a nossa temporária permanência no corpo físico não fuja à condição de aprendizado.
Imprescindível lembrar que na engrenagem da civilização de agora, comumente reparamos os próprios erros de ontem.
Entre as máquinas que lhe reduzem as lides e obrigações, muita vez encontra o homem o corretivo e o reajuste, a paz e a liberação da própria alma.
Auxilia aos entes queridos que partiram da Terra, em luta repentina, ofertando-lhes à estrada o bálsamo precioso da consolação e da prece.
Recorda que a Misericórdia Celeste adoça todos os processos da justiça universal e reconforta-lhe na certeza de que Deus faz sempre o melhor.
Contempla as vítimas dos hábitos infelizes, tantas vezes mergulhados nas sombras da obsessão.
Observa os que choram nos sepulcros da consciência culpada e que se debatem no inferno do remorso e do arrependimento, sem comiseração para consigo mesmos!
Reflete nos quadros tristes a se erguerem das provas necessárias e conserva contigo a paciência e a esperança de quem recebe na dor inesperada o socorro oculto da Providência Divina.
Se o gládio da morte violenta te busca o lar, faze silêncio e confia-te ao tempo, o médico invisível que nos restaura as energias do coração.
Não blasfemes, nem desesperes.
Aguarda o Amparo Celestial, mantendo a certeza de que tudo aquilo que hoje ignoras, amanhã saberás.
Emmanuel
Do livro: Mais Perto.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Abraços de Luz
Regina
SENTIR, CRER E SERVIR
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