Agimos com liberdade total só quando somos autodeterminantes, quando
agimos com toda a nossa alma, totalmente identificados com o nosso Eu, quando
agimos com 100% daquilo que somos, sem nenhuma mescla daquilo que temos, fazemos
ou dizemos. Geralmente, agimos com 10,20 ou 50% do nosso ego, e apenas com uma
pequena porcentagem do nosso Eu – somos parcialmente alodeterminados e
parcialmente autodeterminantes.
Geralmente, somos tanto mais livres quanto menos agimos pelas razões
conscientes do ego, e tanto mais pelas razões conscientes do ego, e tanto mais
pela razão inconsciente do Eu. Somos livres em nosso centro, somos escravos em
nossas periferias; livres no sujeito, escravos pelos
objetos.
A razão (Eu) tem razões
de que o intelecto nada sabe – e então somos realmente livres. O ego personal é
o alodeterminado, não totalmente, mas de
prevalência.
O Eu individual é autodeterminante, por vezes sua
totalidade.
Na verdadeira liberdade age a intuição direta do Eu central – e não
agem as análises indiretas do ego
periférico.
O Eu é plenissábio – o ego é semissábio e
semi-ignorante.
O ego peca – o Eu redime do
pecado.
O ego é lúcifer – o Eu é logos.
Realmente livre só é o ato do qual o Eu tem a exclusiva paternidade,
ato emanado do Eu, só do Eu, todo do Eu.
A relação entre o Eu e o ato livre não é definível em termos de
causalidade alodeterminista, mas só como creatividade
auto-determinante.
HUBERTO ROHDEN
MARTIN CLARETO
FONTE: LIVRO ROTEIRO
CÓSMICO
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